André Bradford defende que os interesses corporativos não se podem sobrepor ao bem-comum

PS Açores - 17 de novembro, 2017
No encerramento das Jornadas Parlamentares do PS Açores, dedicadas ao Plano e Orçamento para 2018, André Bradford defendeu a necessidade de se gerirem os recursos públicos de forma responsável, realçou a importância da nova fase económico-social que se vive na Região e que se traduz nos documentos estratégicos que vão ser votados na próxima sessão plenária. Em resposta aos jornalistas, o líder parlamentar garantiu a disponibilidade para acolher todas as propostas que respeitem a estabilidade orçamental e a estratégia governativa do PS Açores André Bradford começou por referir que o novo ciclo económico social que se vive nos Açores é uma evidência, sustentada em dados concretos, e não uma opinião: “No emprego, por exemplo, temos hoje menos de metade dos desempregados que tínhamos no auge da crise económica e com 8,2% de taxa de desempregado registamos a mais baixa taxa de desemprego dos últimos 7 anos. Na economia registamos crescimentos da atividade económica e da criação de riqueza que, segundo os dados mais recentes apurados e divulgados pelo INE referentes a 2015, são os mais elevados do país”. No entanto, como fez questão de recordar líder parlamentar dos socialistas, os bons resultados agora alcançados “são frutos concretos do trabalho, do empenho e da capacidade de luta daqueles que neste período difícil escolheram acreditar sempre - dos poderes políticos, das famílias e das empresas dos Açores que, nos anos em que tivemos de lutar de forma intensa contra uma depressão económica e social, e em que os planos e orçamentos estavam especificamente dirigidos para acudir a essas necessidades, se mantiveram firmes e crentes”. À margem deste esforço ficaram os que escolheram estar “sempre e inevitavelmente contra o rumo definido” e que apostaram “um discurso catastrofista de desesperança”. Agora, nesta “nova fase”, diz André Bradford, “já é possível, felizmente, juntar aos esforços de combate ao desemprego, um esforço particularmente dirigido a melhorar o emprego, a estabilizar o emprego, a dar outras condições remuneratórias associadas ao emprego. É uma fase, um período, em que não se trata apenas de lutar para manter a atividade das empresas ou para evitar as ruturas em determinados setores de atividade, mas é sim um período em que é possível encontrarem-se e concentrarem-se esforços em medidas e projetos de estimulo ao crescimento económico”. O Plano e Orçamento para 2018 permitem, por isso, apostar agora em “emprego de qualidade, sustentabilidade do turismo e aumento do rendimento das famílias”. André Bradford lembra que nenhuma região tem “recursos ilimitados” que permitam “acolher todos os interesses particulares de todos os setores” e defende que uma gestão responsável dos recursos públicos não pode ser prejudica por interesses específicos. “Quem tem a seu cargo a gestão da coisa pública, dos recursos públicos, tem outro tipo de responsabilidade - não pode fazer um périplo pelos interesses particulares e corporativos e dizer que sim a toda a gente, não pode saltar de reunião em reunião e criar um conjunto de propostas que agradam a um conjunto de públicos muito específico - tem que zelar pelo interesse geral, tem por missão defender o interesse de todos e não os interesses de cada um”, afirmou o líder socialista na Assembleia Legislativa dos Açores. André Bradford garantiu, em resposta aos jornalistas, que o PS se mantém aberto ao diálogo e a acolher as propostas de quem quiser cooperar para o esforço de desenvolvimento. No entanto, esclareceu também que o respeito pelo equilíbrio orçamental e pelas linhas programáticas escolhidas maioritariamente pelos açorianos, não podem ser desvirtuadas.